segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

FC Porto: As incompreensíveis escolhas de Vítor Pereira

É frequente dizer que treinador de bancada somos todos um pouco. É nesta perspectiva que pretendo analisar o FC Porto, mais propriamente as escolhas de Vítor Pereira.

 De há uns tempos a esta parte que não consigo perceber o que vai na cabeça do treinador portista. Senão vejamos. Silvestre Varela incompreensivelmente passou metade da época a alternar entre o banco de suplentes e a bancada. Percebe-se agora que foi um claro erro de gestão porque Varela ainda faz muita falta ao ataque azul-e-branco. Cristian Rodriguez nunca contou muito para Vítor Pereira mas, há uns tempos, decidiu apostar no jogador uruguaio e este correspondeu com boas exibições. Como por magia desapareceu da equipa e voltou à condição de pouco utilizado. Maicon, que não é nem nunca será defesa direito, vinha realizando boas exibições (sendo mesmo na minha opinião uns dos melhores no jogo contra o Manchester City) nem foi opção ontem contra o Vitória de Setúbal, voltando Otamendi para o centro da defesa quando se percebe claramente que o jogador argentino está longe da forma da época passada. 

Fonte: www.jn.pt

Continuando na análise. Souza, que foi sempre considerado a grande esperança para substituir Fernando, foi, sem grande explicação, emprestado. Belluschi, que quando jogava era sempre dos melhores jogadores em campo, foi também ele emprestado. Walter mostrou sempre veia goleadora quando chamado à equipa principal foi também foi emprestado e Vítor Pereira tendo somente dois avançados disponíveis deu-se ao luxo de não o inscrever na Champions, situação que levou mais tarde ao mea culpa do treinador português. Iturbe parece precisar de uma eternidade para se adaptar ao nosso futebol. Não obstante, a situação mais difícil de explicar é a de James Rodriguez. Deve ser difícil o jovem colombiano perceber o que pode fazer mais para ser titular. É neste momento o melhor marcador da equipa no campeonato. Quando joga o FC Porto, regra geral, até joga melhor mas Vítor Pereira continua a teimar em não dar a titularidade a James. Parece-me que com esta política de entre e sai, os jogadores não se conseguem motivar porque simplesmente não entendem o que fazer para cair nas boas graças do treinador.

É verdade que quem trabalha diariamente com os jogadores é Vítor Pereira. Acredito que em muitos casos é ele que sabe o que é melhor para a equipa mas para quem observa o rendimento dos atletas nos jogos, é complicado entender certas opções do técnico. Vítor Pereira aparenta ter uma forma peculiar de olhar para o futebol e as suas opções bem como o futebol praticado pelos actuais campeões nacionais são disso reflexo.

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