O Barcelona segue em frente na Taça do Rei. Mais uma vez o Real Madrid não conseguiu levar de vencido o Barcelona mas esteve perto. Foi, sem dúvida, o melhor jogo do Real Madrid na era Mourinho. Não me interessa muito discutir aqui as opções tácticas porque, para mim, aquilo que fez a diferença foi o aspecto mental dos jogadores merengues.
Numa primeira parte muito bem disputada, o Real poderia ter feito logo os dois golos que tanto precisava nos primeiros quinze minutos. É verdade que a sorte também não acompanha este Real nos jogos contra o Barcelona, mas certos lances têm de dar em golo. Do factor sorte já o Barcelona não se pode queixar. Fazendo pouco para isso, a equipa catalã saiu para o intervalo a ganhar por 2-0.
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Fonte: www.maisfutebol.iol.pt |
Quando todos pensavam que estaria decidido, o Real Madrid puxou dos galões e numa segunda parte fantástica chegou ao 2-2. Estavam vencidos os fantasmas. O Real Madrid tem de tirar algumas ilações destes dois jogos. 1: O Barcelona não é um papão. 2: O Real tem todas as qualidades necessárias para vencer a equipa de Pep Guardiola. O Barcelona é de facto uma equipa fantástica mas muito da sua força passa pelo medo que transite aos seus adversários. A maior parte abdica da posse de bola para poder fechar aos máximos os seus espaços entre linhas. Se isto se admite ao Osasuna (com todo o respeito pela equipa de Pamplona) já não pode ser visto como natural quando uma equipa como Real Madrid opta por este tipo de atitude. Viu-se ontem que o Barcelona pressionado também falha passes (muitos mesmos). Viu-se que o Barcelona em lances de bola parada ainda tem muito para melhorar mas sobretudo viu-se que o Barcelona é uma equipa deste mundo e não do outro. Nem o factor casa lhes valeu e Xavi, Daniel Alves e Guardiola souberam reconhecer a grandeza do adversário e o seu enorme jogo em Camp Nou.
É hora de os jogadores do Real perceberem que são capazes de grandes proezas e de deixarem o complexo de inferioridade de lado. O Real Madrid jogando o que sabe é capaz de vencer este Barcelona. Uma palavra ainda para o árbitro. Houve lances polémicos para as duas partes mas nos lances divididos o juiz da partida mostrou sempre um caseirismo estranho. Outra nota para os jogadores do Barcelona. Tem sido recorrente observar que, após uma falta assinalada, mais de meia equipa do Barcelona rodeia sempre o árbitro. Infelizmente são atitudes que se dispensam.
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