O Porto sai do jogo contra o Benfica isolado e com uma vantagem de 3 pontos sobre a equipa encarnada. Para quem viu o jogo foi um encontro onde se lutou muito mas, na maior parte das vezes, não se jogou bem. Como se diz na gíria, o FC Porto entrou a ganhar. Um lance individual (grande golo) de Hulk deixou os azuis e brancos em vantagem. Os primeiros 20 minutos foram totalmente do FC Porto. Com 2 ou 3 ocasiões, a equipa de Vítor Pereira poderia ter chegado ao 2-0. Nesta fase, o Benfica estava claramente perdido em campo. Pouca agrassevidade e má ocupação dos espaços foram alguns dos erros dos encarnados na primeira meia hora. A partir daí o Benfica cresceu e o FC Porto encolheu. Com alguma naturalidade a equipa de Jorge Jesus chegou ao empate por Cardozo, já depois do avançado do Benfica ter falhado uma boa oportunidade para empatar. A primeira parte acabava com 1-1 e, diga-se, era o resultado mais justo.
A segunda parte foi o oposto da primeira metade. O Benfica entrou melhor e chegou ao segundo golo por Cardozo, num golo de cabeça onde surge completamente sozinho e sem marcação. Por mais contraditório que possa parecer, este momento foi o melhor que podia ter acontecido ao FC Porto. Cardozo marca e James Rodriguez entra. Na minha opinião o momento do jogo. James veio, uma vez mais, revolucionar a organização ofensiva do FC Porto. A partir daí, o Benfica volta ao futebol pouco esclarecido dos primeiros 30 minutos. O Porto chega ao empate e Emerson é expulso. Momentos que definem o resto dos acontecimentos. O FC Porto acabou por cima e chegou ao empate num lance de bola parada, onde o Maicon sai claramente em posição de fora de jogo. O resultado mais justo teria sido o empate mas a partir daqui convém analisar alguns aspectos.
Fonte: www.maisfutebol.iol.pt
Por muito que dirigentes e equipa técnica do Benfica se queixem da arbitragem, estas críticas não devem servir para justificar o facto do clube da Luz ter passado de uma vantagem de 5 pontos para uma desvantagem de 3, num segundo lugar que já divide em igualdade pontual com o Braga. Não é a primeira vez que o Benfica chega ao primeiro lugar e não consegue, numa fase posterior, aguentar a pressão acabando por deixar fugir uma boa oportunidade de consolidar a sua liderança e poder vir a ser campeão. Outra nota para Jorge Jesus. É inadmissível que o treinador do Benfica afirme, no fim do jogo, que se o árbitro não marcou o fora de jogo, que acabaria por dar a vitória ao Porto, foi porque não quis. Estas declarações terão de ser analisadas pelas instituições próprias e o treinador encarnado, no meu entender, tem de ser responsabilizado pelo que disse. O futebol português merece mais contenção. Por muito que custe perder dessa maneira, não se deve, em situação alguma, pôr em causa honra e reputação dos árbitros, neste caso do auxiliar Ricardo Santos. Uma palavra final para Vítor Pereira. Tenho criticado frequentemente o desempenho de Vítor Pereira mas, na sexta, o treinador portista fez tudo o que esteve ao seu alcance para ganhar a partida. Esta vitória também é dele. Finalizo com este aviso para Porto e Benfica: Atenção a este Braga! Neste momento, a melhor equipa a praticar futebol.
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