Há uma semanas um amigo meu disse-me que ia levar o seu filho ao Estádio do Dragão para ver um jogo do FC Porto. Fiquei então a saber que o pai já lhe tinha prometido o ano passado uma ida ao estádio dos azuis e bancos. De forma repentina, e sem ter pensado muito confesso, respondi-lhe que ele escolhia um ano mau para levar o seu filho ao futebol e mais particularmente ver o clube do seu coração, o FC Porto.
É um bocado difícil de explicar a uma criança, e não só, como é possível que este Porto, esta época, jogue tão pouco. Eu próprio, e já sou bem mais velhinho, não tenho grande explicação para do futebol praticado, esta temporada, pelos azuis e brancos.
Este Porto é uma sombra da equipa empolgante de Villas-Boas. Os jogadores correm, lutam - excepto no jogo da Académica - mas parecem, na maior parte do tempo, perdidos em campo. Nota-se que as marcações já não são o que eram. A equipa de posse de bola que tantos sucesso deu aos adeptos portistas, o ano passado, já não existe. Este Porto privilegia a velocidade nas suas transições. O problema é que nem isso faz bem. O FC Porto de Jesualdo Ferreira fazia-o bem melhor.
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| Fonte: www.revistafutebolista.blogspot.com |
Este FC Porto tem, urgentemente, de definir uma identidade e não pode andar a reboque das indefinições do seu treinador. Por muito que a comunicação social tenha dado uma folga a Vítor Pereira - com as vitórias sobre Shaktar e Braga - este Porto, desde o jogo com o Feirense, ainda não fez uma exibição de encher o olho. E atenção porque Benfica e Sporting estão um nível acima no que toca à qualidade do futebol jogado. Por muito que se falem em vitórias, vencer e jogar bem também ajudam ao ânimo. Entretanto e como resposta à pergunta do filho do meu amigo: " Pai porque é que o Porto não ganha tanto este ano?". A melhor resposta será: "Filho, tal como o país o FC Porto está em crise!".
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