quarta-feira, 23 de março de 2011

A guerra sem sentido do futebol português

O futebol português parece ter entrado, nas últimas semanas, num clima de guerrilha. A rivalidade existente entre o Benfica e o FC Porto está a enveredar por caminhos perigosos. O apedrejamento sofrido pela equipa do Benfica e pelo seu presidente, bem como o vandalismo a que a casa do FC Porto foi, esta madrugada, sujeita, em nada engrandecem o futebol luso.

 É importante condenar mas é, igualmente, necessário reflectir sobre as razões que levaram a estes dois actos violentos.  As direcções de Benfica e FC Porto são, em parte, as grandes culpadas por esta escalada de violência. É desejável que Benfica e FC Porto percebam que a rivalidade que deve existir entre eles não deve, nem pode passar das quatro linhas. É dentro do relvado que as duas equipas devem medir forças e não fora dele. A troca de acusações ou a violência perpetrada por grupos de pessoas que se dizem adeptos, mas que não passam de vândalos, deve ser, implacavelmente, condenadas por todos.

Fonte:www.thegrandchaos.blogspot.com

A comunicação social, principalmente o jornalismo desportivo, tem de assumir, por seu lado, as suas responsabilidades. As manchetes a que alguns jornais desportivos têm recorrido são inadmissíveis. Em vez de apelar à calma, certos jornais desportivos parecem querer incentivar os adeptos a tomarem posições perante os actos de violência a que os seus respectivos clubes são sujeitos. O jornalismo tem como missão  formar e incutir princípios de cidadania e não apelar à vingança.

O futebol português merece maior respeito por parte de alguns dos seus agentes. As equipas portuguesas têm estado em grande na Europa do futebol. Treinadores como Jesus, Villas-Boas e Domingos são do melhor que existe na Europa, o mesmo não se pode dizer de alguns dirigentes portugueses, insistindo em guerras que em nada prestigiam o nosso futebol. É preciso arrepiar caminho.

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